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Pneumologista: cigarro eletrônico causa antigas e novas doenças

Postado em 8 de agosto de 2022 por

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Apesar do cerco das autoridades, os cigarros eletrônicos vêm se popularizando cada vez mais entre os jovens. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já proibiu a comercialização desses produtos devido aos riscos que apresentam à saúde, mas ainda assim continuam sendo muito consumidos.

Ex-presidente da Sociedade Mato-Grossense de Pneumologia e professor da UFMT, o médico Clóvis Botelho confirma que o uso do cigarro eletrônico pode causar muitas doenças, inclusive desconhecidas.

“Tudo que o tabagismo tradicional provoca também é provocado pelo cigarro eletrônico. Câncer de pulmão, doenças cardiovasculares, enfisema, bronquite crônica, fibrose pulmonar… Mais de cinquenta tipos de doenças graves são relacionados ao tabagismo. Além desses já conhecidos pela ciência, temos alguns outros já identificados relacionados ao cigarro eletrônico”, conta.

Ele também alerta para a possibilidade de uma doença descoberta recentemente e que tem ligação direta com os dispositivos.

“A Evali é uma doença nova e, se não fosse a pandemia de Covid-19, com certeza seria a mais comentada na mídia nacional e internacional. Ela consiste em queimaduras nos alvéolos pulmonares que geram edemas e pode levar pessoas para a UTI ou até mesmo a óbito. Essa doença é nova, mas quantas outras nós vamos observar daqui para frente? Ainda não sabemos”, explica.

Na opinião de Botelho, os danos são difíceis de serem quantificados e podem ser considerados inclusive mais prejudiciais do que os causados pelos cigarros tradicionais.

“É difícil dizer qual é o pior. Mas, na minha concepção, é o cigarro eletrônico, porque você está inalando substâncias que você não conhece. Ele contém nicotina e junto são misturadas várias substâncias para melhorar o sabor e o cheiro. Essas substâncias são colocadas no frasco como um coquetel de produtos”, alerta.

“Ninguém sabe o que tem ao certo e o que pode causar. A pessoa que usa não sabe se ela vai ter uma reação inflamatória ou alérgica. Temos pouco tempo de estudo sobre os efeitos adversos”.

Por/ Clodoaldo de Paula/ Fonte: MidiaNews Enzo Tres da Redação

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